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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

Apresentação/Introdução:

O CAPS configura-se como um serviço ambulatorial composto por equipes especializadas para atenção as demandas das pessoas que possuem um ou mais transtornos mentais severos e persistentes, estruturando ações a partir da lógica do território. A portaria ministerial n.o 3.088, instituiu no ano de 2011, a RAPS como estratégia para articular a rede de cuidados para as pessoas com sofrimento ou transtorno mental e necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Considerando a Lei 10.216, que dispõe sobre os direitos da pessoa com transtorno mental e redireciona o modelo assistencial em saúde mental e a necessidade de atualização das normas relacionadas a portaria MS/SAS nº 224, temos a diretriz de que os CAPS deve realizar o atendimento de pacientes com transtornos mentais severos e persistentes na sua área territorial. O problema principal abordado neste trabalho é a perspectiva de como abranger as 34 equipes de saúde da família (ESF) de de forma equitativa como preconiza o Sistema Único de Saúde (SUS). A motivação para o trabalho deve-se aos resultados da gestão no território e organização da rede que possui cerca de 9.000 mil usuários, assim como resultados da ação do estágio que desde o ano de 2019 atua na RAPS de Aquiraz.

Objetivos

O objetivo geral é compartilhar experiências do município de Aquiraz, Ceará, com uma rede de 14 estagiários da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) dos últimos semestres do curso de psciologia matriculados na ênfase de processos educativos e sociais. Os objetivos específicos são: (1) fortalecer a participação popular na gestão local dos serviços de saúde mental ofertados de forma descentralizada nas 04 areas de saúde que contam com a participação dos estagiários em psicologia (2) Dar continuidade a descentralização dos serviços ofertados pelos CAPS Geral a partir das necessidades do território (3) Promover o cuidado em saúde como forma de ampliar a saúde mental dos trabalhadores do SUS e populações com uso do conjunto teórico e metodológico da psicologia comunitária.

Metodologia

Utilizamos a análise e a vivência da atividade comunitária através do método dialógico-vivencial (JÚNIOR XIMENES, 2010) para realizar as etapas: (1) mapeamento psicossocial, (2) educação permanente dos profissionais de saúde, (3) Atualização das bases de dados dos CAPS com os casos clínicos e perfil dos usuários de cada serviço, (4) Ações de apoio matricial no território (visitas domiciliares e interconsultas, planejamento), (5) Operacionalização dos planos terapêuticos singulares (6) Mobilização das lideranças locais (7) cofacilitação de grupos de saúde mental no território. A estratégia de implantação teve início no ano de 2019 quando uma das profissionais em psicologia do CAPS Geral, que é também docente vinculada a UNIFOR, acolheu duas estagiárias, na altura foram realizadas triagens psicológicas com adolescentes e familiares iniciando um dos projetos de promoção da saúde mental, intitulado “Chega Mais”, com jovens de ambos os sexos, poliqueixosos, com automutilações, tentativas de suicídio, além de transtornos ansiosos ou depressivos diversos. Nos anos seguintes, o município passou a ampliar o número de vagas tendo mantido as mesmas durante o período da pandemia COVID-19.