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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 9 - Pedras de Paraúna

Modalidade

1

Temática

Estado

Bahia

Cidade

Vera Cruz

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

PROJETO FARMÁCIA VERDE: DIFUNDINDO CONHECIMENTO E EDUCANDO A COMUNIDADE

Apresentação/Introdução:

Na busca pela cura de doenças e controle de sintomas, a população em geral tem um hábito de auto medicalização indiscriminada, por vezes em excesso, e até sem necessidade. Observamos que a comunidade onde atuamos já fazia uso de chás e alguns fitoterápicos usados conforme conhecimentos do senso comum, a partir dessas observações surgiu a ideia do projeto Farmácia Verde, levando-nos a desenvolver ações voltadas para educação em saúde da população e dos profissionais que atuam na área de abrangência, orientando-os sobre a forma correta do preparo e consumo dos chás e suchás, bem como, do plantio e manejo correto das plantas medicinais mais utilizadas e acessíveis para cada tipo de problema. Dispomos de variada gama de plantas, raízes e tubérculos com potencial satisfatório no uso medicinal permeando a redução de custos com efetividade, se usados de forma racional significaria grande avanço no contexto da autonomia e protagonismo dos sujeitos. Com isso, iniciamos na própria unidade o plantio de algumas espécies de plantas medicinais, objetivando a diminuição do consumo de medicamentos alopáticos e utilização correta delas. Nosso público alvo foram os usuários da USF de Jiribatuba, UA de Matarandiba e os profissionais de saúde que atuam nessas unidades. As atividades foram desenvolvidas na localidade de Jiribatuba e Matarandiba no município de Vera Cruz-Ba. No período de Novembro de 2022 à Maio de 2023.

Objetivos

Objetivo geral Construir conhecimento acerca das plantas medicinais visando possibilitar rica troca de experiências e captação de saberes, otimizar a manipulação das plantas, uso e preparo de chás e suchás de forma correta na promoção e recuperação da saúde, diminuir o uso de fármacos alopáticos. Objetivos específicos Capacitar os profissionais da saúde e comunidade no uso racional de plantas no tratamento de agravos à saúde Preparar os agentes envolvidos para o cultivo, manipulação e preparo de chás de uso medicinal Mostrar que há opções com menor custo e maior efetividade em detrimento de medicamentos alopáticos Identificar plantas comumente usadas pela comunidade em problemas de saúde Identificar maneiras equivocadas do uso das plantas medicinais, melhorando o estado de saúde da comunidade em geral.

Metodologia

Iniciamos o projeto a partir das reuniões de equipe fazendo um trabalho de capacitação, orientação e educação dos profissionais da unidade para que o conhecimento acerca das plantas medicinais fosse difundido e ensinado da forma correta no território. Utilizamos o Calendário Nacional de Saúde do Ministério da Saúde para estabelecer quais temáticas seriam abordadas em cada mês. Em março discutimos sobre saúde da mulher, como utilizar alguns tipos de chás para tratar condições de saúde que afligem comumente as mulheres e também, como preparar corretamente as infusões e a decocções, foram ofertados três tipos diferentes de sachés contendo uma planta seca e um folheto explicativo. Em abril fizemos uma roda de conversa onde discutimos a promoção da saúde, uma exposição com alimentos industrializados e alimentos saudáveis e orientação sobre o preparo de suchás para melhorar a aceitabilidade ao consumo dos chás. No terceiro encontro falamos sobre a importância do controle e prevenção da Hipertensão Arterial Sistêmica, apresentamos os chás que podem manter a PA controlada. Em todas essas exposições nós utilizamos plantas in natura e secas para as demonstrações, e sempre buscamos utilizar o conhecimento dos próprios participantes e da comunidade como um todo para as explicações.

Resultados

Como resultado imediato dessas ações tivemos o aumento do conhecimento dos profissionais da unidade acerca do uso de fitoterápicos, a partir disso passaram a orientar em seu trabalho de campo a esse respeito, bem como encorajar os usuários à buscarem esse serviço na unidade de saúde, concomitantemente estes passaram a fazer uso de plantas no lugar de medicamentos alopáticos quando era pertinente a substituição. Especialmente em saúde da mulher (endometriose, cólicas e ovários policísticos) houve uma adesão significativa, bem como o uso de chás para o emagrecimento. Também no uso do controle hipertensivo e de glicemia, em consultas compartilhadas com a médica da unidade. Com a diminuição dos medicamentos alopáticos com resultados positivos. Ao mesmo passo que também houve uma boa adesão para a saúde mental com uso de suchá de maracujá e camomila, capim santo e melissa como ansiolíticos, especialmente usados pelo público feminino. Indiscutivelmente o grande avanço foi a educação da população no uso de alternativas ao tratamento tradicional alopático, atrelada ao engajamento dos agentes de saúde à proposta do uso de plantas medicinais, a aceitação do uso de fitoterápicos pela população em geral com redução de custos para o município e também para os indivíduos, diminuindo com isso o consumo dos medicamentos alopáticos de forma positiva.

Conclusoes

Observamos que os objetivos almejados estão sendo alcançados, uma vez que é patente a busca por serviços ofertados pela unidade através da fitoterapia e plantas medicinais. Essa nova abordagem dos cuidados com a saúde tem despertado o interesse das pessoas que antes não buscavam esse tipo de atendimento, com isso notamos uma redução na utilização de medicamentos alopáticos, e a preferência por chás e formulações fitoterápicas. A credibilidade e aceitação de fitoterápicos impactou em outros tipos de tratamentos que não são objetos desta experiência em particular, como o tratamento de feridas e lesões de pele com uso de emplastros, extratos e chás (para banhar o local afetado), como também, em Saúde da Criança houve procura na solução de condições como tosse, febre e congestão nasal com camomila, hortelã, manjericão e folhas de algodoeiro (cultivadas na unidade).

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