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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

Apresentação/Introdução:

A importância da qualidade dos dados obtidos através dessa investigação são fundamentais para um bom planejamento das ações de saúde. E com o intuito de direcionar melhor as ações de saúde para que atendam as reais necessidades da população foi implementado no município de Araci o serviço de vigilância de óbito e câmera técnica, que com certeza foi um marco para a saúde do município. A VIEP estabeleceu um cronograma e fluxo próprio para a vigilância do óbito, seguindo todas as normativas do governo federal, mas com algumas adaptações que gerou uma experiencia exitosa. Araci é um município do interior da Bahia com grande extensão territorial e com uma significativa parte da população em situação de vulnerabilidade socioeconômica, os maiores povoados são localizados há aproximadamente a 60 km ou 40 km da cidade, e isso dificultava o acesso aos serviços de saúde e gerava um número alto de óbito em domicílio (sem assistência médica), uma realidade comum em muitos municípios. E um elevado número de óbitos fetais e infantis com causas evitáveis na grande maioria dos casos. Diante dessa realidade, os familiares faziam o sepultamento de forma irregular, não tendo a declaração de óbito emitida pelo órgão responsável em tempo estabelecido, e as investigações dos óbitos não tinham um fluxo definido. Com essa situação a VIEP, começou a pensar de que forma poderia organizar o fluxo e cumprir o principal objetivo da vigilância do óbito que é a prevenção.

Objetivos

Organizar o fluxo na vigilância dos óbitos no âmbito municipal, reduzindo as problemáticas em saúde e melhorando a qualidade da assistência para população após as análises dos dados obtidos. Qualificar a assistência para que possamos reduzir o número de óbitos por causa evitais em todos os níveis da assistência. Diminuir o número de judicialização para emissão das DO e consequentemente o registro dos óbitos em cartórios

Metodologia

Após pautar o problema, realizamos uma reunião com Promotoria de justiça, Associação dos ACS, Secretaria de Saúde e Técnicos da Vigilância Epidemiológica para discutir a melhor forma de resolver encontrar uma solução para a vivência da problemática no município. Com isso tivemos o produto desse encontro que foi um termo de ajuste de conduta onde descrevia o fluxo para melhoria da vigilância do óbito. Diante do compromisso da qualidade do atendimento, organizamos o fluxo da seguinte maneira: os óbitos acontecidos nas residências, sem sinais de violência e dos pacientes que são cadastrados pelas equipes saúde da família sobre os olhares dos agentes de saúde, onde os mesmos têm uma participação especial por conhecer a população da área cadastrada fornecem uma declaração dizendo que o óbito aconteceu sem os sinais de violência, esse instrumento é assinado por 3 pessoas uma declarante e 2 testemunhas, em seguidas essas pessoas vão até a vigilância epidemiológica para que a equipe possa preencher a DO com óbito sem assistência médica após o preenchimento dos instrumentos os familiares são orientados a ir ao cartório para emissão da certidão do óbito e a equipe da vigilância do óbito entra em contato com a equipe de saúde da família para repassar a investigação de óbito onde é realizado a autopsia verbal e é realizada a análise de exames e receitas que precedeu o óbito.