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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 14 - Bandeira

Modalidade

1

Temática

Estado

Bahia

Cidade

Nova Soure

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE REGULAÇÃO AMBULATORIAL E A INTEGRAÇÃO COM A APS NO MUNICÍPIO DE NOVA SOURE

Apresentação/Introdução:

A Central de Regulação Ambulatorial é um processo de organização e gestão de recursos baseados em protocolos, classificação de risco de maior e menor urgência e outros parâmetros de priorização capazes de guiar pacientes e suas necessidades dentro da Rede de Assistência á Saúde, em conjunto com a Atenção Primária em Saúde. Nesse modelo é possível controlar e equilibrar oferta e demanda bem como o melhor aproveitamento das vagas ofertadas no que diz respeito a consultas, exames e procedimentos em tempo oportuno. O ponto chave para que esse processo regulatório seja eficiente, continuo e rápido é a comunicação e as ferramentas de comunicação Inter setorial entre a Central Municipal de Regulação com as redes colaboradoras e apoiadoras seguindo um fluxo dinâmico, prático e resolutivo onde a necessidade do paciente é discutida na APS juntamente com a equipe multiprofissional, apresentada a central de regulação, e posteriormente, esse conjunto, responsável, por traçar as melhores condutas e direcionamento, possibilitando a referência e contra referência, sendo pontos primordiais na definição de diagnósticos e tratamentos assertivo, dessa maneira é possível que o paciente tenha uma assistência garantida e pautada nos princípios do SUS. Além da comunicação, o aperfeiçoamento através da educação permanente e capacitações aos profissionais da rede de atenção são indispensáveis na execução e aplicabilidade dos recursos disponíveis para contribuir na qualidade da assistência.

Objetivos

Os objetivos deste estudo são: Descrever o processo de atuação da Central Municipal de Regulação e a integração junto a APS no município de Nova Soure Apresentar os benefícios do fluxo de agendamento descentralizado para a integralidade na assistência junto a APS.

Metodologia

Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa, que aborda o processo de trabalho da regulação municipal e a integração com as equipes de estratégia de saúde da família (e- ESF) da Atenção Básica do município de Nova Soure- BA. Para a realização deste trabalho foi feito a avaliação dos agendamentos realizados pela APS no SISREG, além de questionário aplicado aos enfermeiros que compõe as equipes de saúde da APS, o qual abordava a percepção dos profissionais, frente ao trabalho exercido pela Central municipal de regulação. O município de Nova Soure está localizado no nordeste baiano a 246 quilômetros da capital, Salvador, sua área é de 966, 933 km². Segundo dados do IBGE, a população estimada no senso de 2021 é de 27.047 mil habitantes. A rede de Atenção Básica é composta por 11 equipes da ESF, 09 UBS e 08 postos satélite vinculados a UBS. Destas, 05 UBS estão situadas na zona rural e 04 na zona urbana. O município possui um Centro de atendimentos ambulatoriais com atuação de especialidades médicas e exames diagnósticos.

Resultados

Com esse modelo de acesso aos serviços que contemplam a regulação ambulatorial foi possível observar o fortalecimento do vínculo entre paciente, a família e a comunidade junto a Unidade Básica de Saúde. Dessa forma, pode-se garantir o acompanhamento de todo o processo até o desfecho da situação saúde/doença do paciente assegurando a continuidade e integralidade do tratamento bem como, a priorização e classificação de risco que garantem a urgência do agendamento nos exames e consultas especializadas minimizando assim, eventuais complicações do quadro clínico bem como o tempo de espera. Outro ponto importante a destacar além dos benefícios para com o paciente é a autonomia dos profissionais de saúde, em especial, médicos e enfermeiros que são profissionais indispensáveis neste processo pois são os responsáveis pela classificação de risco, a gestão dos serviços ofertados no município, além de conhecer a realidade de sua área de abrangência/atuação. Assim, com todo o fluxo de agendamento instituído é possível um modelo de gestão e coordenação mais rápido, orgânico e efetivo garantindo ao município uma maior resolutividade e controle evitando assim maiores agravos às condições de saúde. Por fim, podemos salientar que todo esse processo ainda refletiu na otimização das filas, redução do tempo de espera, brevidade nos diagnósticos mais complexos principalmente aqueles que ameaçam a vida e conferem uma grande instabilidade emocional individual e coletiva.

Conclusoes

Os prós da descentralização são fortalecer a coordenação e articulação do cuidado pela APS sendo esta ordenadora do processo regulatório, permitindo organizar as necessidades da população em relação a outras demandas de atenção a saúde contribuindo assim, para uma melhor programação e planejamento das ações bem como a qualidade e agilidade da assistência prestada. Quando todo este processo de regulação é inverso, ao exposto, ele gera ao paciente encaminhamentos desnecessários, consultas e exames não garantidos, filas extensas e horários inoportunos tornando ineficiente e sofrido o acesso aos serviços de saúde. O modelo ainda possibilita que o paciente seja agente responsável de sua própria saúde e que este sinta-se acolhido e confiante no trabalho da equipe atuante e no serviço que irá integrar. No entanto todos os pontos positivos discutidos não anulam os desafios que são encontrados em sua construção e execução, tornando-o passível para reformulações, reordenamentos e aprimoramentos sempre que necessário a fim de adequar cada vez mais à realidade local e individual do paciente, da família e da comunidade.