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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 4 - Águas Quentes

Modalidade

1

Temática

8

Estado

Alagoas

Cidade

Pilar

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

ESPAÇO FLOR DE LÓTUS – O SUS E O OLHAR AMPLIADO NO CUIDADO A MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA.

Apresentação/Introdução:

Segundo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, são alarmantes as estatísticas sobre a violência contra a mulher e a baixa procura por serviços de saúde, em todas as regiões do país. (BRASIL, 2011) Várias ações vêm sendo desenvolvidas no sentido de orientar, capacitar e instrumentalizar a mulher, como protagonista da sua saúde, do seu corpo e das suas decisões, para impedir que seja vítima desse tipo de violência. Com a criação do Espaço Flor de Lótus na Casa da Mulher Pilarense, equipamento implantado pela Secretaria Municipal de Saúde de Pilar/AL, houve um aumento significativo da procura dos serviços de saúde e apoio, demonstrando o quanto as mulheres estão dispostas a mudar a situação de vítimas de agressão, procurando ajuda e apoio profissionais. A conscientização da problemática, o apoio e a divulgação visam a combater toda e qualquer forma de violência contra a mulher. Esse equipamento do SUS concentra além do Espaço Flor de Lótus – Núcleo de acolhimento e atendimento à Mulher vítima de violência, vários serviços de saúde, ofertando um atendimento integral a mulher, com médicos especialistas e exames de diagnóstico precoce, além da oferta de atividade física e práticas integrativas. Essa casa foi criada em observância ao conceito ampliado de saúde, definido pela OMS – Organização Mundial da Saúde, que em seu sentido mais abrangente vai além da ausência de doença e leva em consideração o bem estar físico, mental e social.

Objetivos

Ofertar um serviço de apoio integral a mulher vítima de violência, visando uma acolhida humanizada e a resolutividade dos casos.

Metodologia

O Espaço Flor de Lótus é porta de entrada para acolhimento e acompanhamento à mulher vítima de violência, seja criança, adolescente, adulta e idosa, por demanda espontânea ou encaminhada pela Rede (Saúde, Educação, Assistência Social, Conselho Tutelar, Segurança Pública, Ministério Público, entre outros). Após o acolhimento, a vítima é inserida no acompanhamento psicológico e social realizado pela equipe técnica composta por psicólogos e assistentes sociais do SUS e SUAS. As demandas judiciais são acompanhadas por uma advogada que realiza todos os tramites e orientações pertinentes. Na Casa da Mulher Pilarense, as mulheres vítimas de violência tem prioridade no acesso as consultas e exames da saúde da mulher, as práticas integrativas e complementares (hidroginástica, pilates, yoga e massagens terapêuticas), além de serem encaminhadas para a rede, para acesso aos demais serviços ofertados no Município por meio de outras políticas públicas. Além dos serviços oferecidos, os técnicos responsáveis pelo acompanhamento, preenchem as fichas de notificação individual, do Sistema de Informação de Agravos do SINAN que tem como objetivo coletar, transmitir e disseminar dados, para apoiar o processo de investigação e dar subsídios à análise das informações de vigilância epidemiológica.

Resultados

Contribuição para a organização da atenção à saúde da mulher vítima de violência, por meio de ações voltadas a prevenção, promoção da saúde e minimização dos agravos decorrentes da violência Abordagem ampliada, com ações de empoderamento para o enfrentamento da violência Acolhimento humanizado, respeito e atenção à mulher e à violência sofrida, evitando a revitimização Crescimento da procura pelo serviço por ser considerado um espaço seguro e acolhedor, que enxerga e cuida da mulher de forma integral.

Conclusoes

As implicações da violência doméstica para a saúde da mulher podem ser severas, com manifestações imediatas após o fato ou após um longo período de tempo. O atendimento à mulher vítima de violência deve compreender a atenção e cuidados de uma rede intersetorial, articulada e integrada a fim de atender a complexidade da violência, das consequências físicas, psicológicas e sociais, que perpassam as marcas e cicatrizes físicas. É preciso evitar a revitimização, tratando-a como um sujeito que necessita de cuidados especiais por ser mulher, sem considerar a violência como uma questão arraigada em questões culturais, sociais, psicológicas e de gênero. As estratégias utilizadas pelos profissionais dos serviços especializados devem estar pautadas na humanização do atendimento, espaço protegido para escuta, acolhimento, desnaturalização dessas situações e fortalecimento das mulheres. A oferta de acompanhamento contínuo e humanizado realizado pela Equipe Técnica do Espaço Flor de Lótus é uma forma de apoio e acompanhamento da mulher na superação da violência. Do mesmo modo que se avançou na compreensão da violência de gênero como um problema sanitário, hoje considerado um problema de saúde pública, constatando o avanço na atenção em saúde.

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