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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 16 - Casarão

Modalidade

1

Temática

6

Estado

Paraná

Cidade

Terra Roxa

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

A INCLUSÃO DO MARCADOR ANTI-HBS COMO EXAME DE ROTINA NO PRÉ NATAL NA CIDADE DE TERRA ROXA.

Apresentação/Introdução:

O Brasil é considerado, hoje, um país de baixa prevalência de infecção pelo VHB( Vírus da Hepatite B), porém com bolsões de alta prevalência, como a região da Amazônia ocidental e OESTE do Paraná e Santa Catarina, onde a prevalência pode ser superior a 8%. A taxa de detecção de casos de hepatite B no momento da gestação, no período de 1999 a 2019, foi de 10,7%. As formas de transmissão são através do esperma e secreção vaginal (via sexual) e pelo contato com sangue (via parenteral, percutânea e vertical). A hepatite B é uma doença infecciosa que pode ser muito perigosa durante a gravidez, pois existe grande probabilidade de transmissão vertical, ou seja, transmissão da infecção da mãe para o bebê durante a gravidez e o parto. Suas manifestações clínicas variam de infecção inaparente com cura sem seqüelas a cirrose e câncer hepáticos, podendo ainda causar hepatite aguda de vários graus de gravidade, infecção crônica inaparente e hepatite crônica. Estima-se em cerca de 40% a chance de um infectado crônico pelo VHB evoluir para óbito em decorrência desta infecção. A transmissão vertical pode ser evitada quando a mulher realiza um pré natal de qualidade, com exames laboratoriais em todos trimestres da gestação, esquema vacinal reavaliado, encaminhamento da mesma para sala de vacina da UBS para administração de vacinas necessárias e se for o caso iniciar o tratamento precocemente.

Objetivos

Estimar e quantificar a imunidade adquirida para o vírus da hepatite B (VHB) através do exame sorológico anti-HBs no primeiro trimestre de gestantes atendidas durante o pré natal na cidade de Terra Roxa e indicar a imunização para toda gestante, após realização da sorologia e comprovação da sua não imunidade. A vacina desencadeia resposta imune com produção de anticorpos contra o antígeno de superfície do VHB (anti-HBs), contudo, alguns indivíduos não desenvolvem imunidade efetiva, havendo necessidade reiniciar esquema.

Metodologia

Durante consulta pré natal observou-se que um número de gestantes não apresentavam comprovação de esquema vacinal, outras apresentavam esquema incompleto e inesperadamente algumas gestantes mesmo com esquema vacinal completo apresentavam ausência de imunidade contra a Hepatite B. Diante disso a equipe de enfermagem que realiza a solicitação dos exames de rotina de 1º trimestre conforme Linha Guia do Cuidado Materno Infantil do Estado do Paraná, incluiu o exame anti-HBs desde Junho do ano de 2022 como sorologia obrigatória de 1º trimestre, independente da história de vacinação.

Resultados

Foram objeto deste estudo 75 gestantes que realizaram acompanhamento de pré natal durante os meses de Junho a Agosto de 2022. Após planilha elaborada por cada Unidade de Estratégia Saúde da Família chegou-se aos seguintes dados: Gestantes com esquema vacinal para Hepatite B completo com resultado de Anti- HBs não reagente: 13 Gestantes = 17,33% Gestantes sem comprovação de esquema vacinal ou com esquema vacinal incompleto com resultado de Anti-HBs não reagente: 23 Gestantes = 30,67% Gestantes com resultado de Anti-HBs ≥10 UI/ml: 39 Gestantes = 52% Total de Gestantes: 75

Conclusoes

Esse trabalho teve como objetivo principal de pesquisa investigar a importância da solicitação do exame ANTI HBS durante o período gestacional, sobretudo logo na abertura de pré natal atrelado aos exames de 1º trimestre, para identificar os títulos anticórpicos destas mulheres e se os mesmos possuem níveis protetores contra a Hepatite B. Os resultados mostraram que, algumas gestantes atendidas durante o pré natal de Terra Roxa não apresentaram imunidade para a Hepatite B, algumas delas sem esquema vacinal comprovado outras, porém com esquema devidamente comprovado na carteira de vacinação ou sistema próprio do município - IPM. Sendo então iniciado esquema vacinal destas gestantes diante dos riscos da contaminação da Hepatite B para a mãe e para o bebê. Por fim, este estudo reforça os riscos que ocorrem quando a gestante não realiza o tratamento indicado pelo médico, podendo desenvolver doenças graves no fígado. A vacina do vírus B já está disponível há mais de três décadas em nosso país, mas, infelizmente, a cobertura vacinal ainda se encontra aquém do desejado.