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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 3 - Serra Dourada

Modalidade

1

Temática

Estado

Pará

Cidade

Portel

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

GRUPO TERAPÊUTICO MOVIMENTE-SE: UMA ESTRATÉGIA PARA O ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS COM DOR CRÔNICA

Apresentação/Introdução:

Entre as Doenças Crônicas não Transmissíveis, a dor crônica é uma das mais prevalentes e que causam maior limitação ao paciente e custos ao sistema de saúde. Estudos populacionais em adultos no Brasil revelam uma prevalência de dor crônica de aproximadamente 40% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022). A dor crônica é uma condição que gera uma série de complicações físicas, mentais e sociais para o indivíduo, produz impactos socioeconômicos para qualquer município e para o setor de saúde, visando minimizar essa situação, elaboramos o grupo terapêutico movimente-se. O grupo é acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, educador físico, psicólogo e nutricionista, que fazem parte do Centro de Reabilitação e Academia da Saúde do município de Portel, Pará, e acompanharam no período de 12 meses (janeiro 2022 a dezembro 2022), os usuários do SUS oriundos da Atenção Primária e alta ambulatorial de fisioterapia. Assim, ao analisarmos um cenário situacional, no qual há um número elevado de consultas médicas e encaminhamentos ao setor secundário: ortopedia e fisioterapia. Em associação a esse contexto os efeitos psicológicos, afetivos e sociais desencadeados pelo processo de dor crônica, geram uma perda significativa da qualidade de vida desses pacientes. Foi elaborado um projeto para atendimento integral e humanizado no controle dessa condição clínica, através do grupo terapêutico.

Objetivos

Objetivo Geral: Promover o manejo adequado da dor crônica osteomioarticular, visando à redução do escore de percepção dolorosa associado a uma melhor qualidade de vida e funcionalidade dos usuários participantes. Objetivos Específicos: Efetuar programas de exercícios físicos, terapêuticos e práticas corporais, por meio da prescrição realizada pelas fisioterapeutas e pelo profissional de educação física. Executar educação permanente aos pacientes, com intuído ao auto cuidado emocional, e nutricional norteados pelo psicólogo e nutricionista. Realizar o acompanhamento, com relação ao grau de percepção álgica e capacidade funcional.

Metodologia

Trata-se de uma experiência que aborda ação de promoção em saúde, no município de Portel Pará, que foram analisados no período de 1 ano (janeiro de 2022 a dezembro 2022), pacientes provenientes da Atenção Primária e alta ambulatorial de fisioterapia, homens e mulheres a partir de 45 anos com diagnóstico de dor crônica relacionados as patologias articulares, musculares e/ou ósseas. O grupo possui 24 usuários inscritos que participam assiduamente de todas as atividades e ações, sendo eles 5 homens e 19 mulheres. Cada participante passou por uma avaliação inicial e respondeu a Escala Visual Analógica da Dor (EVA), o Questionário de Incapacidade de Roland e Morris (Fundación Kovacs, 2002), avaliação de bioimpedância, com balança (Omron HBF-514), e terapia em grupo com o psicólogo. No decorrer deste projeto realizamos 2 encontros semanais com a duração de uma hora cada, totalizando 72 em um ano, pelo qual realizamos programas de exercícios terapêuticos e físicos bem como atividades aeróbicas (caminhadas e exercícios aeróbicos de baixo impacto) direcionadas pelos profissionais da fisioterapia e educação física. Conjuntamente, a nutricionista atuou na avaliação e orientação de cada pessoa a cada trimestre. Por fim, o psicólogo realizou terapias em grupo mensalmente, perfazendo um total de 10 encontros terapêuticos.

Resultados

No período de 12 meses (notificamos uma redução significativa da média do escore da dor, inicialmente a média foi de 5 (EVA) decaindo para 3 (EVA), o local da dor varia entre coluna lombar (90%), cervical (8%) e joelhos(2%). Ao aplicarmos o questionário de Roland e Morris para avaliar o nível de incapacidade dos indivíduos observamos os seguintes achados iniciais: valor médio de 14.3, ou seja, a maioria apresentava um grau de incapacidade grave, e após um ano, o questionário foi reaplicado no qual obtivemos um valor médio de 9.8, significando que eles reduziram seu nível de incapacidade, podemos então inferir que os participantes, obtiveram redução do nível de dor e melhora da capacidade funcional participando dos programas de exercícios físicos, terapêuticos e práticas corporais. Mediante as avaliações físicas, obteve- se uma melhora nos índices corpóreos: IMC (índice de massa corporal) decaiu de 30 kg/ m2(obesidade grau I) para uma média de 24 kg/m2) (eutrófico), bem como uma melhora nas relações interpessoais, e esclarecimento de uma autopercepção a respeito do manejo da dor crônica, enquanto o monitoramento auxiliou na tomada de decisão dos profissionais e possibilitou o auto gerenciamento por parte dos usuários.

Conclusoes

Os achados nessa experiência proporcionaram aos técnicos de saúde melhor manejo da condição clínica e subsídios comprovados que, através das práticas corporais, terapia de grupo, avaliações físicas e nutricionais, podemos ofertar um tratamento integral e humanizado para o público alvo, refletindo em uma ação que impactou positivamente na realidade do município, pois observou-se que estes pacientes deixaram de procurar recorrentemente ao serviço de saúde (consultas médias e de fisioterapia) com relação a dor crônica, visto que atingimos uma redução no grau de dor e aumento da capacidade funcional, melhorando sua qualidade de vida.

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