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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 6 - Parque das Emas

Modalidade

1

Temática

Estado

Pará

Cidade

Quatipuru

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: MAPA GEOGRÁFICO COMO FERRAMENTA DO CUIDAR

Apresentação/Introdução:

A territorialização na Atenção Primária à Saúde (APS), configura-se como um processo permanente de (re)conhecimento das características multidimensionais do território de atuação das Equipes de Saúde da Família (eSF). O processo de territorialização é o ponto de partida para organização dos serviços e das práticas de vigilância em saúde, isto é, a partir do qual se realiza o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a lógica das relações entre condições de vida, ambiente e acesso às ações e serviços de saúde.(Teixeira et.al.1998) Uma proposta de mudança de práticas sanitárias, baseada nas ações sob o território, deve considerar os sistemas de objetos naturais e construídos pela sociedade, identificar os diversos tipos de interação no território, como são percebidos pela população e, até que ponto as regras de utilização dos recursos do território e da população promovem determinados hábitos, comportamentos e problemas de saúde cujas características são passíveis de identificação.(GONDIM, et.al.2008) Este relato apresenta o resultado do processo de (re)definição territorial do Distrito de Boa Vista, Quatipuru, Pará, onde acontece o processo de implantação de uma nova eSF de janeiro de 2023 até o presente, com necessidade de reorganização do mapa territorial, com impacto nas ações e serviços de saúde. Todas as etapas do processo foram realizadas de forma coletiva, contando com a participação da Gestão, APS, eSF, Vigilância em Saúde e Conselho Municipal de Saúde.

Objetivos

• Objetivo Geral: Caracterizar o processo de territorialização realizado pelas Equipes de Saúde da Família do Município de Quatipuru, Pará, com base na (re)organização do espaço territorial expresso em mapa geográfico • Objetivos Específicos: Apresentar as ferramentas e instrumentos utilizados pela Equipe de Saúde da Família do Município de Quatipuru, Pará, no processo de territorialização Apresentar as etapas do processo (re)elaboração do mapa geográfico realizado pela Equipe de Saúde da Família do Distrito de Boa Vista, Quatipuru, Pará Elabora o novo mapa geográfico do território de atuação das Equipes de Saúde da Família no Distrito de Boa Vista, Quatipuru, Pará.

Metodologia

O processo de ampliação e qualificação das Redes e Atenção à Saúde está diretamente relacionado ao conhecimento das multidimensionalidades que envolvem os condicionantes e determinantes da saúde-doença-cuidado. O Distrito de Boa Vista está distante 10km da sede do município, com uma população aproximada de 5.000 habitantes. Até dezembro de 2022 existia apenas uma eSF para atender todo o território. Em janeiro de 2023 foi implantada uma nova eSF e um Centro de Saúde de Pronto Atendimento 24h, ampliando assim as portas de entrada no SUS. A (re)organização da RAS local acontece de forma articulada, fundamentada no processo de territorialização, que de acordo com Mendes (2015) configura-se como um macroprocesso básico, necessário à construção social da Atenção Primária à Saúde. E nesta perspectiva, Teixeira (1998) destaca que o processo de elaboração de diagnósticos territoriais de condições de vida e situação de saúde deve estar relacionado tecnicamente ao trinômio estratégico: informação-decisão-ação. Sendo assim, foi utilizadas diversas fontes de informação para reconhecimento do território: SISAB/eSUS, Ficha SSA2 Personalizada, Informações de Campo dos ACS e Visitas em Loco. Com estas foi possível caracterizar todo território e avançar com a nova proposta de ordenamento territorial.

Resultados

Dentre as ações da APS, principal porta de entrada do SUS, a territorialização representa um mecanismo fundamental no planejamento em saúde. Por conseguinte, podemos considerá-la como uma estratégia de aproximação e (re)conhecimento entre Profissionais de Saúde, Usuário, Comunidade e Ambiente, onde aspectos culturais, sociais, econômicos, políticos e epidemiológicos emergem como delineadores do cuidado no processo saúde-doença. A (re)organização do mapa territorial do distrito de Boa Vista, com base no processo de territorialização, viabilizou a ampliação da RAS. A dinâmica aconteceu de forma organizada e processual, possibilitando a configuração e ampliação do sistema de saúde local.

Conclusoes

É imprescindível que o exercício do processo de territorialização aconteça de forma organizada e processual, embasada por procedimentos metodológicos capazes de viabilizar a captação de informações do território, as quais serão utilizadas no planejamento das ações e serviços de saúde. O território deve ser considerado como resultado da acumulação de situações históricas, ambientais e sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças (Barcellos et. al. 2002). O reconhecimento desse território é um passo básico para a caracterização da população e de seus problemas de saúde, bem como para avaliação do impacto dos serviços sobre os níveis de saúde dessa população. A captação e processamento de dados a partir do território, assim como a geração de informações consistentes e reais com base na aplicação de instrumentos/ferramentas foram de relevante importância para a organização e aperfeiçoamento das ações e serviços de saúde. Neste contexto, a atuação das Equipes de Atenção Primária à Saúde (eAPS) devem estar fundamentadas num processo de territorialização realizado de forma dinâmica, segura e esclarecedora, captando informações capazes de servir de alicerce ao planejamento e execução das ações e serviços de saúde

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