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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 1 - Lago dos Tigres

Modalidade

1

Temática

Estado

Rio Grande do Norte

Cidade

Extremoz

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

GRUPO SORRISOS NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA!

Apresentação/Introdução:

Em dezembro de 2021 na Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru em Extremoz/RN, se deu início ao grupo sorrisos, que tem os atendimentos direcionados para crianças com autismo, TDAH, dificuldade de aprendizagem, PC, dislexia, TOD, entre outras demandas com a faixa etária de 2 anos a 15 anos. O nome do grupo se deu pensado como uma proposta de trazer possibilidades, e não separação, pela capacidade incansável que toda criança tem de sorrir e fazer sorrir. Os atendimentos são realizados por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogas e fonoaudiólogas. Para participar o paciente precisa estar em investigação do diagnostico, ou com o diagnóstico fechado, é feita uma avaliação pela equipe o paciente é direcionado para o grupo no qual existe subdivisões de dias e horários totalizando 12 subgrupos, dez com demandas de autismo, TDAH, dificuldade de aprendizagem, dislexia, TOD, um misto que trabalha questões múltiplas de neurodesenvolvimento, que vai de acordo com o diagnóstico ou hipótese diagnóstica de cada paciente, e um outro denominado como mães especiais que é acompanhado por uma psicóloga, com o objetivo de atender ao pais e responsáveis por esses pacientes enquanto os filhos estão em atendimento com a finalidade de acolher, ouvir, e fazer exercícios que vão contribuir para a melhoria do bem estar mental. Os encontros acontecem semanalmente, e uma vez ao mês é feito um encontrão de todos os subgrupos.

Objetivos

Com a crescente busca por atendimento da fonoaudiologia e psicologia, conseguintemente levando o aumento significativo da fila de espera, visto que a demanda por atendimentos individuais estava cada vez mais crescente, e as sessões estavam duradouras o grupo teve seu início pela necessidade de socialização, e trabalho multiprofissional assim ajudando ás crianças a desenvolver suas competências comunicativas, habilidades cognitivas, verbalizar sobre situações que lhes trazem mal-estar e sofrimento, auxiliar no reconhecimento de seus pontos positivos diminuindo suas experiências negativas de frustração, medo e ansiedade, estimular a capacidade de interação, possibilitar o autocontrole de suas ações, participar das sessões acompanhadas por outras crianças e familiares. Assim contribuindo para que os pais e pacientes tenham assistência especializada, e consequentemente diminuir ás demandas da longa fila de espera.

Metodologia

É necessário entender a demanda e o perfil da criança, características como agressividade por exemplo, demandariam mais tempo em sessões individuais e psicoeducação dos pais antes de entrar no grupo, para que o novo integrante não desestabilize ás outras crianças já inseridas. O que mais leva essa criança as sessões é a socialização, que acontece no grupo de forma terapêutica, como encontros que são programados para eles. No início os pais não conseguiam acompanhar e entender que no grupo se trabalhava as mesmas queixas do atendimento individual, mas com um diferencial, as crianças na sessão de grupo, tem o suporte uma da outra, e estas são em muitas vezes a ferramenta e o instrumento para o desenrolar das sessões. Outro ponto é que os pais acreditavam que não seria uma forma de tratamento vantajosa, e que não teriam os mesmos direitos a laudos ou documentos pertinentes dos atendimentos, e essa mística foi desmontada com o decorrer das sessões trabalhando ás necessidades com palestras, confecção de adereços, oficinas de jogos, plantação de horta, teatro com uso de fantoches e contadora de história, reuniões para mostrar os resultados e evoluções. A aceitação foi tranquila e saudável durante os atendimentos os pais e responsáveis são observados, inseridos no grupo mães especiais e acompanhados por uma psicóloga. Esses pais perceberam que não estão sozinhos, que as queixas podiam ser compartilhadas, e em muitos momentos solucionadas.

Resultados

Através do grupo foi possível a construção de vínculo harmonioso e de entendimento das necessidades entre os pais e as crianças dessa forma também auxiliando na compreensão acerca do processo para conseguir o diagnóstico, de modo que, está construção alicerçou outro pilar, o avanço do processo terapêutico e a melhoria na convivência materna/paterna e familiar como um todo. Sendo constituído a partir deste o grupo de mães especiais, que é realizado escuta qualificada e acolhimento com as mães e responsáveis pelas crianças do grupo Sorrisos. Outro avanço importante foi a inserção de crianças no processo escolar, algumas mães acreditavam que não era possível o desenvolvimento escolar de seus filhos e que estes não conseguiriam avançar. A socialização entre os pais de modo que a linguagem, atenção, memória, motricidade foram desenvolvidas e as crianças se firmaram neste espaço. Implementação dos atendimentos terapêuticos voltado a demanda autismo e neurodesenvolvimento que antes não era ofertado, e os pacientes eram encaminhados a outros serviços pactuados ao município investigação e processo diagnóstico, bem como, tratamento especializado, participação em atividades sociais ofertadas pelo município de forma geral. Dessa forma conseguimos evoluir de 35 atendimentos para mais de 144, e chegar redução de mais de 50% da fila de espera extensa para fonoaudiologia e psicologia.

Conclusoes

A partir do trabalho desenvolvido, se deu a construção de vínculo entre os profissionais, pacientes e seus responsáveis, e isso resultou também em uma crescente busca por vagas no grupo. É de grande satisfação chegar ao nosso objetivo, e ver o avanço dos pacientes como também a melhora significativa tendo como base os relatos colhidos durante a anamnese de avaliação para ingressar ao grupo, e que agora apresentam desenvoltura em aspectos que antes não se via possibilidade de avanço pelos próprios beneficiários. É indescritível perceber-se numa sociedade onde se pode contribuir de forma prática para o desenvolvimento de crianças que estão avançando tanto em questões terapêuticas, quanto em questões sociais e emocionais, claro que com apoio de uma equipe multiprofissional, psiquiatria, neurologista, professor de karatê, porque somente juntos é possível alcançar maiores resultados. Diante de inúmeras dificuldades e percalços do serviço público é importante se fazer presente e saber que, SEMPRE DAR PARA FAZER! (Lavrador e Merlleti, 2017) consideram que os grupos terapêuticos de crianças, nessa perspectiva, são constituídos por elas e para elas, de modo que, uma é o sustento da outra, tornando-as protagonistas e donas de suas história