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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 14 - Bandeira

Modalidade

1

Temática

2

Estado

Santa Catarina

Cidade

São Bento do Sul

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

FARMÁCIA VIVA E CAPS: PROTOCOLO DE FITOTERAPIA COMO FERRAMENTA DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL

Apresentação/Introdução:

A procura por serviços especializados em saúde mental no SUS, como o CAPS, é uma realidade que demanda estratégias ampliadas de cuidado por parte das equipes de saúde. As queixas prevalentes relatadas pelos profissionais que realizam o acolhimento e escuta qualificada são relativas à ansiedade, depressão e insônia, além de questões com diferentes graus de complexidade. O município de São Bento do Sul, localizado no planalto norte catarinense, conta com o serviço CAPS 2 “Cuca Fresca”, considerado importante ponto de atenção na Rede de Atenção Psicossocial. Na área das PICS, o município é considerado referência nacional no modelo de Farmácia Viva denominado “Ervanaria”, oferece plantas medicinais na forma de chás como uma das possibilidades de cuidado complementar e integrativo. O Protocolo de Fitoterapia em saúde mental foi elaborado sob responsabilidade da farmacêutica coordenadora do Programa Farmácia Viva, considerando duas espécies medicinais produzidas na Ervanaria municipal e com indicação para ansiedade e insônia conforme o Formulário da Farmacopéia Brasileira 2ª edição. As espécies medicinais incluídas são a Lippia alba M. (melissa-de-galho) e os Cymbopogon citratus S. (capim-limão). Com o objetivo de ampliar o cuidado em saúde mental no momento do acolhimento, foi realizado um treinamento no Protocolo de Fitoterapia em saúde mental para os profissionais da equipe do CAPS, envolvendo tecnologias leves que estimulem o autocuidado com segurança e qualidade.

Objetivos

Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de experiência do treinamento da equipe de acolhimento em saúde mental do CAPS 2 de São Bento do Sul no protocolo de Fitoterapia em Saúde Mental produzido pelo programa Farmácia Viva. Desta forma, serão relatados os passos percorridos na execução do projeto e a avaliação dos profissionais quanto ao uso do protocolo de fitoterapia nos atendimentos de acolhimento. Por fim, demonstrar a importância dos serviços em rede e da colaboração intersetorial na busca de estratégias ampliadas de cuidado.

Metodologia

Os profissionais da equipe do CAPS foram capacitados em setembro de 2022 pela farmacêutica responsável pelo Farmácia viva em um treinamento presencial com duração de 4 horas. No primeiro momento foram apresentadas as duas plantas do Protocolo na forma in natura e na forma de chá para familiarizar os profissionais com as espécies utilizadas. Foram demonstrados os mecanismos de ação, forma de preparo, orientação por escrito, indicações, contra indicações e possíveis interações medicamentosas. Os profissionais estudaram o fluxograma do Protocolo e em conjunto definiram, a partir dos grupos de estratificações de risco em saúde mental, quais os grupos que cumprem os critérios de inclusão e exclusão no Protocolo. Após o treinamento, o Farmácia Viva disponibilizou ao CAPS os chás para serem entregues aos pacientes, com ficha de controle de entrega e lote com a finalidade de assegurar o controle de estoque do Farmácia Viva. A partir do treinamento os profissionais capacitados iniciaram a utilização do Protocolo conforme o grau de estratificação aplicado durante a avaliação na consulta de acolhimento e segundo a elegibilidade do usuário.

Resultados

O treinamento no Protocolo de Fitoterapia em Saúde Mental ampliou as ferramentas terapêuticas dos profissionais do CAPS 2 de São Bento do Sul com tecnologias leves de cuidados integrativos. Conforme definido pela equipe do CAPS e do Farmácia Viva, o Protocolo contempla os pacientes estratificados e pertencentes ao Grupo I da Estratificação de Risco em Saúde Mental. A capacitação realizada pela farmacêutica promoveu segurança aos profissionais nos critérios de inclusão no protocolo, como indicações, contra indicações e interações medicamentosas relativas ao uso das plantas medicinais elencadas. O treinamento realizado foi fundamental para a ordenação dos procedimentos e estabelecimento de critérios de acesso às plantas medicinais. Os profissionais que utilizaram o protocolo como ferramenta de orientação no cuidado relataram boa receptividade dos pacientes e retornos positivos quanto ao controle do sofrimento apresentado pelo indivíduo durante o acolhimento.

Conclusoes

A inclusão da fitoterapia de forma orientada através do Protocolo de Saúde Mental permitiu às equipes de acolhimento oferecer recursos naturais para auxiliar no controle do sofrimento psíquico em pacientes classificados no Grupo I da Estratificação de Risco Mental. O treinamento oferecido foi fundamental para elucidar questões relativas à inclusão e exclusão dos critérios estabelecidos para elegibilidade dos pacientes, gerando segurança na aplicação do Protocolo de Fitoterapia e na orientação correta das espécies medicinais. A utilização de tecnologias leves como os chás medicinais humaniza o cuidado e insere o sujeito no esquema terapêutico, trabalhando autocuidado e compartilhando a responsabilidade do tratamento. As ações em rede e coordenadas demonstraram que o trabalho integrado entre os diversos pontos de assistência pode ampliar o cuidado em saúde mental.

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