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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 8 - Gruta Terra Ronca

Modalidade

1

Temática

4

Estado

Santa Catarina

Cidade

Cunha Porã

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

CRIAÇÃO E INSERÇÃO DO PROJETO EDUCAR PARA COMBATER O AEDES AEGYPTI NAS ESCOLAS DE CUNHA PORÃ, SC.

Apresentação/Introdução:

Segundo o IBGE, em 2019 Cunha Porã, situado no Oeste de Santa Catarina, possuía 11.086 habitantes. Naquele ano, ocorreu um surto de dengue na cidade, com 32 casos positivos e um índice de infestação por Aedes aegypti de 2,6%, segundo o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa). Diante deste cenário, o Projeto Educar para Combater o Aedes Aegypti foi criado como uma proposta de intervenção durante o curso Combate ao Aedes na Perspectiva da Integração da Atenção Básica e Vigilância em Saúde, desenvolvido pelo Projeto Aedes na Mira - Enfrentando as Arboviroses. Na oportunidade, o Projeto foi classificado para ser apresentado no Encontro Virtual Aedes na Mira 2ª edição, em 2020, em que representou o Sul do país. Desde então, o projeto tem sido anualmente realizado nas escolas presentes no município, de forma diferenciada, inovando para atrair a atenção das crianças e jovens. Este trabalho também contempla o Programa Saúde na Escola (PSE), um programa dos Ministérios da Educação e da Saúde, cuja finalidade é contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde (DECRETO Nº 6.286, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2007). Diante da pandemia, em 2020, não foi possível ir até as escolas e, em 2021, muitas restrições ainda existiam. Com isso, foi lançado o Projeto Educar para Combater o Aedes Aegypti (fase II), em Tempos de Pandemia. Em 2022, as atividades foram de forma presencial.

Objetivos

Objetivo geral •Envolver crianças e jovens nas orientações do controle do vetor Aedes aegypti, conscientizando-os, para que adotem como rotina a eliminação ou adequação de depósitos, bem como o descarte correto do lixo. Objetivos específicos •Mostrar aos educandos a responsabilidade de cada um neste processo e de como eles podem auxiliar e difundir as informações para as suas famílias e a sociedade •Ensinar a crianças e jovens a forma correta de eliminação e adequação de depósitos, assim como o descarte correto de lixo •Colaborar com a prevenção de epidemias de dengue .

Metodologia

Em 2019, o projeto consistiu em uma exposição com circuito de atividades e amostras em que os alunos receberam mini palestras, orientações com cenários e exposição de depósitos inadequados e adequados, jogos de tabuleiro, exposição de amostras de larvas do mosquito Aedes aegypti, em que tiveram a oportunidade de utilizar lupas e microscópio, e demonstração de como o drone é utilizado no controle ao Aedes. Já em 2020, disponibilizou-se material educativo virtual para as escolas enviarem aos alunos. No ano de 2021, com a liberação das aulas, e ainda com restrições, foram enviados materiais educativos com os quais os professores trabalharam com os alunos na produção de vídeos sobre o tema, em forma de poesias ou paródias. Cada escola ficou responsável por escolher o melhor vídeo por modalidade e enviar para a Secretaria da Saúde, que tinha uma comissão avaliadora, e a equipe que obtivesse a maior nota, venceria. Cada escola participante ganhou um conjunto de 4 lixeiras para coleta seletiva de 100 litros com suporte e os alunos das turmas vencedoras ganharam garrafinhas de água modelo squeeze. Naquele ano, foram premiadas 4 turmas. Em 2022, o projeto teve a parceria do Projeto Escudo Verde contra a Dengue, de autoria da Secretaria da Agricultura, que orienta o plantio da citronela e seu uso como repelente natural, além de enfatizar as medidas sanitárias preconizadas. As atividades foram apresentadas nas escolas mediante palestras e peças de teatro do departamento de Cultura.

Resultados

Ampliação do conhecimento e do comprometimento das crianças e jovens quanto à problemática. Envolvimento dos educandos na utilização de lupas e microscópio, despertando o interesse para a iniciação científica. Aprendizado de como a tecnologia (Drone), pode auxiliar no controle do Aedes. Aprendizado prático sobre a forma correta de eliminação e adequação de depósitos, assim como o descarte correto de lixo. Aprofundamento da temática por meio do envolvimento da comunidade estudantil com pesquisas sobre o Aedes aegypti e as doenças por ele transmitidas, como a dengue, a zika e a chikungunya. Difusão do aprendizado para as famílias e o restante da população por meio da elaboração de vídeos, os quais foram divulgados em mídias locais.

Conclusoes

Desde o começo, a intenção era realizar o trabalho nas escolas anualmente, mas o início da pandemia dificultou o andamento das atividades. Não poderíamos deixar de executar trabalhos de suma importância como a realização de atividades educativas nas escolas, envolvendo crianças e jovens no controle do mosquito Aedes aegypti, já que as arboviroses são um grave problema de Saúde Pública. Então, para a segurança da comunidade escolar, tivemos que mudar os métodos de trabalho inovando e nos adaptando à nova realidade, seguindo todos os cuidados preconizados para com a Covid-19. Já em 2022, com o fim das restrições, foi possível voltar a realizar atividades presenciais, como palestras e peças teatrais, de forma lúdica, despertando o interesse para a prevenção das doenças, envolvendo a comunidade escolar com agregação de novas parcerias e saberes, com o Projeto Escudo Verde Contra a Dengue. Conclui-se que, desde o início e mesmo com dificuldade na pandemia, foi possível levar orientações de forma diferenciada para os educandos se envolverem na causa e aprenderem sobre a problemática. Conscientizar crianças e jovens é fundamental, pois, educando desde cedo, teremos no futuro adultos conscientes e responsáveis, prevenindo epidemias.

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