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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 3 - Serra Dourada

Modalidade

1

Temática

Estado

Minas Gerais

Cidade

Mantena

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

PACIENTES DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ADEMAR DE ASSIS PROTAGONISTAS DE SUA TERAPIA.

Apresentação/Introdução:

O termo transtorno mental pode ser caracterizado como sinais e sintomas específicos como as alterações de consciência, emoção, comportamento, pensamento, percepção e memória, que podem ser desenvolvidos em uma pessoa, podendo trazer prejuízos funcionais expressivos, dificuldades de autocuidado e de relacionamento interpessoal, baixa qualidade de vida, comprometimento social e ocupacional das pessoas por eles acometidas. A inclusão do farmacêutico no serviço de atenção à saúde mental, tem como finalidade ter o contato próximo com usuário buscando realizar o estudo da farmacoterapia, fortalecer por meio da educação em saúde informações sobre o uso racional de medicamentos, possíveis interações medicamentosas, efeitos colaterais, além da realização de ações de levantamento de dados sobre a saúde e adesão do paciente por meio das consultas farmacêuticas, visando melhorar a adesão a terapia, compreensão da doença e melhorias na qualidade de vida do paciente. Um dos principais problemas que acometem os pacientes portadores de transtornos mentais é a falta de adesão a terapia, causada muitas vezes por falta de informações sobre a indicação terapêutica, possíveis efeitos adversos e pouca disseminação sobre os transtornos, que acabam fazendo com que familiares e até o próprio paciente crie resistência a terapia medicamentosa, dificultando o prognóstico positivo e comprometendo a qualidade de vida dos portadores de transtornos mentais.

Objetivos

Buscando melhorar a adesão a terapia dos pacientes do Centro de Atenção Psicossocial Ademar de Assis foi realizado o desenvolvimento de um projeto de construção de caixas de armazenamento de medicamentos de aprazamento semanal, com objetivo de melhorar a adesão medicamentosa, conscientizar a família e paciente sobre sua farmacoterapia, criação ( fomentar e estimular) de autonomia dos pacientes, conscientização sobre o uso racional de medicamentos e tornar o paciente usuário do serviço CAPS protagonista de sua terapia e evolução positiva da doença.

Metodologia

O presente relato de caso trata-se um projeto de implementação do cuidado farmacêutico e da enfermagem, vivenciado no Centro de Atenção Psicossocial Ademar de Assis, em Mantena - MG, com a criação de caixas de armazenamento de medicamentos para aprazamento semanal, visando estimular a criação de autonomia, melhorar a adesão, conscientização sobre o uso racional de medicamentos e tornar o paciente usuário do serviço protagonista de sua terapia e evolução positiva da doença. Durante o projeto foram desenvolvidas oficinas e rodas de conversas sobre o autocuidado, a importância do uso correto das medicações, confecção das caixas respeitando a individualidade de cada paciente, atendimentos individuais com os pacientes e familiares. Dentre os pacientes usuários do serviço, 15 pacientes foram selecionados para participaram do projeto inicial, sendo que os critérios de inclusão foram pacientes que possuíam o suporte familiar, estabilizados e organizados. Durante o projeto foram elaboradas caixas de aprazamento para cada paciente, com a sua prescrição descrita na lateral, juntamente com a colagem de figuras para ajudar na adesão a terapia e utilização correta das medicações. Além disso, por meio do auxílio das duas técnicas de enfermagem do serviço, as medicações foram inseridas em cada caixa, respeitando as embalagens secundárias, técnicas de assepsia e manuseio correto de medicações para evitar a perda de efetividade.

Resultados

A adesão à terapêutica medicamentosa ineficaz, resulta em ajustes de doses, inclusão ou substituição de medicamentos desnecessários, dificultando o prognóstico positivo do paciente. Durante a realização das oficinas, construção das caixas de aprazamento , consultas farmacêutica e de enfermagem com os pacientes e familiares sobre suas principais queixas e dificuldades com a farmacoterapia, observou-se que os mesmos possuíam informações sobre o diagnóstico da patologia, porém não compreendiam a finalidade terapêutica de cada medicamento, o que era interação medicamentosa, porque é fundamental o uso da medicação no horário correto e a importância da família na adesão a terapia medicamentosa do paciente portador de transtorno mental. Após a intervenção os pacientes se sentiram protagonistas de sua vida, tiveram maior responsabilização sobre sua terapia, sempre conservando sua caixa de aprazamento e criação de vínculo com a equipe multidisciplinar ao buscar semanalmente os medicamentos no CAPS, resultando em melhorias na adesão a terapia dos pacientes participantes do projeto. O suporte familiar para auxiliar e supervisionar a autoadministração dos medicamentos dos pacientes portadores de transtorno mental, acompanhando e relatando a equipe do CAPS as principais limitações, realizando a motivação diária e reforçando a importância do uso correto das medicações, bem como as evoluções positivas alcançadas, resultou em um grande impacto para melhor adesão dos pacientes ao tratamento.

Conclusoes

A adesão a terapia medicamentosa por pacientes portadores de transtornos mentais, consiste em uma complexa e dinâmica missão diária, entretanto com o projeto pode-se observar que houve um aumento da adesão quando o paciente e familiar compreende sobre a doença, farmacoterapia e a importância do suporte familiar. Além disso, os pacientes se apresentam mais dispostos e protagonistas de sua terapia com as caixas de medicamentos, sendo possível atingir objetivo inicial proposto que era favorecer a autonomia e melhor adesão farmacoterapêutica. As atividades de oficinas e consulta com familiar e/ou paciente também resultaram em melhores relações interpessoais, melhor compreensão da doença e meios de lidar diariamente com as limitações que ocorrem diariamente, minimizando assim as dificuldades apresentadas e promovendo a adesão e a segurança do paciente na terapêutica medicamentosa.

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