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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 5 - Lago das Brisas

Modalidade

1

Temática

Estado

Minas Gerais

Cidade

Coronel Fabriciano

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

GRUPO DE HABILIDADES SOCIAIS AUTISMO: O DESAFIO DA SOCIALIZAÇÃO

Apresentação/Introdução:

A Prefeitura de Coronel Fabriciano tem implantado o Programa Serviço Especializado de Reabilitação para Pessoas com deficiência Intelectual e Autismo – SERDI. O programa atende atualmente 250 pessoas com deficiência intelectual e autismo. Muitas crianças e adolescentes com o autismo sentem dificuldades em agir em diferentes tipos de situações sociais e precisam de ajuda para isso. Geralmente, eles têm o desejo de interagir, mas não sabem o que fazer em novas situações. As habilidades sociais são as regras, costumes que orientam nossas interações com outras pessoas e o mundo ao nosso redor. Pessoas neurotípicas costumam adquirir essas habilidades sociais de forma natural e sozinhas apenas observando comportamentos. Essas habilidades permitem a interação adequada com outras pessoas nos mais diversos contextos. Assim, ele pode criar estratégias para o desenvolvimento da linguagem, motor e cognitivo, com base no que é socialmente relevante, já que o objetivo final de qualquer terapia deve ser a promoção da qualidade de vida e autonomia. E esta é a principal meta do Grupo de Habilidades Sociais das especialidades da Psicologia e da Psicopedagogia Clínica.

Objetivos

Desenvolver habilidades sociais nos pacientes com deficiência intelectual e com transtorno do expectro autista (TEA) para promover a interação social e uma vida com mais independência. Desenvolver e aprimorar a comunicação. Interpretação de comportamento verbal e não verbal (gestos e expressões faciais). Adequação do contato visual Respostas emocionais adequadas, Maior afetividade e empatia Auxiliar na compreensão e participação de brincadeiras típicas da idade Atenção compartilhada, comportamento simbólico e imitação reconhecer situações sociais processar de forma mais adequada a empatia em seus três níveis : cognitivo emocional e compassivo, em situações relacionadas aos problemas socias, expressar emoção negativa com menos desregulação comportamental antecipar e prever ação/reação social desenvolver habilidades e comportamentos sociais em locais diferentes Habilidade de comunicação social Atividades lúdicas que promovam interação e troca de turno.

Metodologia

O paciente é encaminhado pelo médico da UBS. O pedido segue para secretaria de saúde do município, onde os responsáveis no setor de regulação, avalia o pedido e estando de acordo com os critérios encaminham para o SERDI. Quando o pedido chega no SERDI, o paciente junto da família, é avaliado pelo o assistente social, pelo médico de referência do programa e pelos profissionais: fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, Psicólogo, Fisioterapeuta e Psicopedagogo. Após as avaliações, os profissionais fazem o planejamento terapêutico individualizado, reúne com a família para informações e orientações e inicia as terapias. O grupo de habilidades sociais é composto pelos pacientes que após as avaliações foram identificados com características que serão melhores trabalhadas em grupo e aqueles que avançaram nos atendimentos individuais.Os atendimentos são realizados uma vez na semana, com duração de quarenta e cinco minutos.As atividades são elaboradas e escolhidas pelas especialistas da Psicologia e Psicopedagogia Clínica, que coordenam o trabalho dos Grupos. Durante os encontros, os especialistas atuam como mediadores dos trabalhos a serem feitos, o primeiro momento é de conversa informal, sobre como foi a semana, como cada um está incentivando-os a falarem do que estão sentindo. Depois os especialistas explicam as atividades propostas, os objetivos a serem trabalhados e respeito as regras.

Resultados

São realizadas avaliações a cada três meses com os profissionais e também com os pais. Os resultados são surpreendentes. Observa-se que quanto menor a idade, maior o desenvolvimento e quanto maior a parceria com a família em dar continuidade em casa, mais rápido os resultados são alcançados.Percebe-se nas avaliações, um percentual muito positivo de resultados, mesmo naqueles que não recebe estímulos em casa tem superado as expectativas tanto dos profissionais, quanto da família. Foram avaliadas crianças e adolescentes com faixa etaria de 4 a 18 anos. Observou-se que: 65% aprenderam a lidar com frustração, 75% a compartilhar, 85% a esperar, 90% a permanecer sentado, 60% manter o contato visual, 75% a interagir com o colega, 85% comunicação social, 80% contam fatos do seu dia a dia 95% participam das atividades propostas.

Conclusoes

Conforme exposto apresentado, conclui-se que o trabalho desenvolvido pelo Projeto Grupo de habilidades sociais, apresentou em pouco tempo resultados com índice muito satisfatório. Percebe-se desenvolvimento importante dos pacientes, mesmo aqueles que iniciaram os estímulos tardiamente, analisando a idade. É importante ressaltar que os pacientes que iniciaram as terapias com idade inferior a cinco anos e têm a contribuição da família auxiliando na continuidade do tratamento em casa, o desenvolvimento é diferenciado, os resultados são alcançados muito rápidos. Assim, conclui-se que o grupo de habilidades sociais tem cumprido o seu objetivo no trabalho para o desenvolvimento das habilidades sociais, contribuindo para que os pacientes tenham uma vida com mais independência.

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