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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 13 - Sertaneja

Modalidade

1

Temática

1

Estado

São Paulo

Cidade

Lins

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

O PROCESSO DE INCLUSÃO DOS MORADORES NOS SERVIÇOS DE RESIDÊNCIAS TERAPÊUTICAS NO MUNICÍPIO DE LINS.

Apresentação/Introdução:

A atual política de saúde mental regulamentada pela lei 10.216 de 06/04/2001 visa à constituição de uma rede de dispositivos diferenciados que permitam a atenção ao portador de sofrimento mental no seu território, e ainda promova ações de reabilitação psicossocial por meio da inserção ao trabalho, à cultura e ao lazer. Com essa perspectiva, o processo de reforma psiquiátrica exige acelerar a implantação de serviços substitutivos ao Hospital Psiquiátrico. Este novo modelo de atuação, busca substituir uma assistência excludente por serviços atrelados a uma rede de atenção integral à saúde mental que propicia o acolhimento e acompanhamento das demandas apresentadas pelo usuário dos serviços. Os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), componente da Política Nacional de Saúde Mental conforme Portaria/GM nº 106 de 02/2000, surgem visando à superação do modelo hospitalocêntrico. Esses serviços consistem em moradias terapêuticas localizadas no espaço urbano e visam responder às necessidades de moradias de pessoas portadoras de transtorno mental egressas de hospitais psiquiátricos ou não. Onde promovem a inclusão, o resgate da autonomia desses sujeitos incentivando-os a assumir uma posição de agentes ativos de produção de vida.

Objetivos

O objetivo foi descrever o processo de inclusão psicossocial dos moradores, na ótica do Serviço Residencial Terapêutico (SRT). Onde nosso compromisso foi pautado no cuidado integral da pessoa, com a perspectiva de garantia de direitos com promoção de autonomia e exercício da cidadania, buscando a melhor qualidade de vida.

Metodologia

Com base na necessidade de se colocar em prática as ações previstas neste novo modelo de atendimento, são criados serviços de saúde e programas com estratégias de desinstitucionalização voltados para a qualificação, expansão e fortalecimento da rede extra-hospitalar. Sendo assim o município de Lins iniciou com o primeiro Serviço Residencial Terapêutico (SRT) em 05/06/2017, onde atualmente contemplamos duas residências terapêuticas tipo II com gestão municipal. Cada residência é composta com dez moradores do sexo feminino e dez moradores do sexo masculino e estamos implantando a terceira residência em Março/2023. Nossa motivação é compartilhar vivências dentro e fora do espaço da casa, onde viabilizamos a inserção social dos moradores. Os Serviços Residencial Terapêutico (SRT) recebe suporte técnico do Centro de Atenção Psicossocial 1 Dr° Alberto Prata Júnior, onde recebem supervisão diária de profissional de nível superior, bem como de cuidadores, técnicos de enfermagem e auxiliar de serviços. Mesmo com perfis diferentes entre os moradores, todos são apoiados no gerenciamento de suas vidas, respeitando seus desejos e limitações. Hoje temos moradores que participam do Atendimento Educacional Especializado (AEE) Curso de Informática Básico Centro Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) atividades religiosas, esporte e lazer, aula de musicalização e inseridos no mercado de trabalho.

Resultados

Do total de moradores 12 (doze) frequentam atividades escolares, 01 (um) aula de musicalização, 01 (um) inserido no mercado de trabalho, 01 (um) curso de informática básico. O tempo médio de internação é de 08 (oito) a 20 (vinte) anos. O tempo médio em que a residência feminina deixou os hospitais e vivem na residência é de 10 (dez) anos e a residência masculina é de 5 (cinco) anos. Os transtornos mentais mais frequentes são: F20.0, F70.1, F70.2, F06.8. A prevalência de tabagismo é de 09 (nove) moradores. Reforçamos a importância do deslocamento institucional para os Serviços de Residências terapêuticas (SRT) de forma a melhorar a qualidade de vida e interação social e consequentemente impactar positivamente na condição de saúde dos moradores.

Conclusoes

Buscamos a inserção do usuário em serviços da comunidade, com mais autonomia sobre sua vida, sabemos que o processo de reabilitação é progressivo, mas nosso compromisso é intermediar a reconstrução dos projetos de vida dos moradores. Nossas residências não são serviços de saúde, são espaços de habilitação que deve possibilitar à pessoa retornar ou até mesmo dar início, à vida social, usufruindo de um espaço que seja seu por direito, não transformando-o em um local de tratamento ou enclausuramento. É um espaço de reconstrução de laços sociais e afetivos.

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