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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 15 - Mascarado

Modalidade

1

Temática

1

Estado

São Paulo

Cidade

São Bernardo do Campo

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

AÇÕES CONJUNTAS ENTRE NEVS E UBS: ACESSO A SAÚDE PARA A POPULAÇÃO TRANS EM CASAS DE PROSTITUIÇÃO.

Apresentação/Introdução:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. A Política Nacional de Saúde Integral LGBT, considera que as pessoas LGBTQIA+, tenham acesso aos serviços do SUS, com qualidade e resolução de suas demandas e necessidades. A ESF, deve oferecer acesso e atender às demandas trazidas por cada pessoa. Dentre a população LGBTQIA+, as pessoas travestis e transexuais são as que mais enfrentam dificuldades ao buscarem atendimentos nos serviços públicos de saúde, não só quando reivindicam serviços especializados, mas em diversas outras ocasiões nas quais buscam atendimento, pela enérgica trans/travestifobia que sofrem atrelada à discriminação por outros marcadores sociais: como pobreza, raça/cor, aparência física, e discriminação muitas vezes por parte de outros usuários do serviço.

Objetivos

Proporcionar acesso ao serviço prestado na unidade básica de saúde, aos serviços especializados em ISTs e aos serviços coligados à vigilância em saúde do Município, de forma mais confortável e menos discriminatória a uma população sabidamente marginalizada e discriminada tanto pelo seu gênero como pela sua profissão, visto serem profissionais do sexo.

Metodologia

Informações foram trazidas pela ACS da área, das dificuldades apresentadas pelas travestis que residem na “Casa da Duda”, onde as moradoras tinham dúvidas sobre os acessos aos serviços do SUS no município. A articuladora em vigilância em saúde do NEVS, promoveu a discussão e planejamento de ações com os profissionais da UBS, vigilância e o gerente da casa, com a oferta de levar em um primeiro momento coleta de baciloscopia de escarro e um bate papo informal, explicando o acesso aos serviços, promovendo a formação de vínculo. Realizado contato com a equipe da prevenção de ISTs, o qual disponibilizou preservativos para as usuárias e ofereceu parceria, retornando posteriormente à casa com testagem de sífilis e HIV. A Odontologia da UBS também esteve presente, para avaliação e orientação.

Resultados

Uma importante ação de vigilância em saúde, articulada pelo NEVS, visto que, na testagem de sífilis foram 4 casos positivos e foram detectados 3 mulheres trans em abandono de tratamento de HIV. Todas foram orientadas e encaminhadas para os serviços de referência. O vínculo começou a ser desenhado, o programa de IST levou informações importantes sobre hormonioterapia. Foi confeccionada uma cartilha com os equipamentos disponíveis na rede e disponibilizada para o gerente da casa.

Conclusoes

As profissionais do sexo fazem parte de um recorte da sociedade que sofre com estigma sobre seu comportamento sexual, vivendo em importante condição de vulnerabilidade, do mesmo modo que os travestis e transexuais, isto se reflete em medo de buscar atendimento médico e de revelar a profissão, acarretando lacunas no acesso e direito à saúde desta população. Através de ações como essa, onde o serviço de saúde vai até essa população, praticamos uma das principais primícias do SUS, a acessibilidade!