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inscrito na 18ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS

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Dados do Projeto

Sala de Apresentação

Sala 8 - Gruta Terra Ronca

Modalidade

1

Temática

1

Estado

São Paulo

Cidade

Novo Horizonte

Descrição da experiência - resumo do projeto

Título Experiência:

PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM GRUPOS DE SAÚDE MENTAL E DOR CRÔNICA NA ATENÇÃO BÁSICA.

Apresentação/Introdução:

A assistência à saúde ainda é predominantemente fundamentada no modelo biomédico, onde se destaca a abordagem na doença e que entende que a cura ocorre a partir de parâmetros biológicos, cujos determinantes psicossociais e culturais são pouco relevantes para o diagnóstico e o terapêutico. As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), denominadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medicinas tradicionais e complementares, foram institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), aprovada pela Portaria GM/MS nº 971, de 3 de maio de 2006. Essas práticas ampliam as abordagens de cuidado e as possibilidades terapêuticas para os usuários, garantindo uma maior integralidade e resolutividade da atenção à saúde. A Secretaria Municipal de Saúde de Novo Horizonte, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida, maior adesão aos usuários do SUS, passou a abranger as práticas integrativas complementares, em março de 2021, inicialmente aos pacientes dos grupos de dor crônica, saúde mental e emagrecimento nas Unidades Básicas de Saúde. As Práticas foram desenvolvidas com a justificativa de estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano, especialmente do autocuidado, além de proporcionar maior resolutividade dos serviços de saúde.

Objetivos

O desenvolvimento do projeto, teve como objetivo implementar as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde como alternativa de tratamento para os programas já existentes na rede, complementando os atendimentos clínicos, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, voltada para o cuidado continuado, humanizado e integral, visando o usuário como um todo, tratando o corpo, a mente, o energético e sua plenitude. Promovendo ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades, estimulando ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários em suas rotinas diárias, habilitando o autocontrole, mente plena e bem-estar. Promovendo assim, o conhecimento em relação ao autocuidado, o paciente passar a investir em práticas saudáveis para uma melhora em seu dia a dia, refletindo no contexto pessoal, familiar e social.

Metodologia

O município conta com diversos profissionais da área da saúde proporcionando a aplicação de um maior número de práticas complementares. Dentre estes profissionais, o grupo é composto por Assistente social, Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Nutricionista e Psicólogo. Alguns dos profissionais envolvidos realizaram cursos de aperfeiçoamento de suas práticas, atualizando-se sempre que possível, assim as práticas eram aplicadas pela Terapeuta Ocupacional e Nutricionista. O trabalho foi realizado com os integrantes dos grupos existentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que eram encaminhados durante reunião de matriciamento pela equipe da UBS e NASF. Após identificação das necessidades de inclusão do paciente através do protocolo, foi realizado acolhimento e anamnese, onde eram encaminhados por meio de guia de referência para a aplicação das PIC´s. Os procedimentos foram realizados a partir de um plano de tratamento, utilizando a cromoterapia, meditação, ervas medicinais, imposição de mãos, auriculoterapia e alongamento, com duração de 10 a 12 semanas, com aplicações de práticas semanais e devidas instruções, além de orientações teóricas sobre energia, rotina, autocontrole e conhecimentos gerais. Durante o protocolo, realizou-se uma reavaliação quanto ao quadro clínico do usuário, por meio de questionário elaborado pelos profissionais. Ao final do tratamento, foi feita análise evolutiva do paciente, seus resultados e avaliação da necessidade do atendimento continuado.

Resultados

Conforme as modalidades aplicadas e tempo determinado de tratamento de cada usuário, específicos à suas necessidades foram obtidos resultados e relatos dos mesmos de melhora do quadro clinico físico e mental. No Grupo de Dor Crônica, os pacientes relatavam que após as aplicações de cromoterapia, imposição de mãos, meditação, auriculoterapia e orientações quanto o autocuidado, exercícios e mudanças de hábitos em suas rotinas diárias, apresentavam melhora significativa da dor, disposição, humor e motivação para realização das tarefas diárias, tanto no lar quanto no trabalho. O mesmo foi observado no Grupo de Saúde Mental e Emagrecimento, onde os usuários passaram a perceber, compreender e agir de maneira plena, reforçando pensamentos e ações positivas conforme dificuldades e conflitos manifestados anteriormente ao tratamento com as práticas, além da melhora dos quadros de ansiedade, depressão, medo, insônia, fadiga, angustias e inseguranças, que levavam muitas vezes ao quadro de sobrepeso e obesidade, portanto, foram realizadas avaliações antropométrica ao longo das semanas e orientações para reeducação alimentar, reforço de hábitos alimentares saudáveis e consequente apresentaram perda de peso, através de orientações dirigidas sobre o uso de ervas medicinais, água saborizada, coloração dos vestuários e utensílios domésticos, ressaltando sempre a importância das realizações das tarefas para melhora continua do bem-estar dos mesmos.

Conclusoes

As PICS, em geral, podem ser vistas como uma importante estratégia de assistência à saúde, principalmente por considerarem a pessoa em sua integralidade, a implantação do Projeto, facilitou o desenvolvimento de ações concretas e resolutivas, fomentando a gestão participativa, a construção da integralidade, a ampliação responsável e cuidadosa das práticas e saberes no cuidado, proporcionando registro de experiências, contribuindo para a amplitude de várias práticas nas PICS, promovendo o acolhimento e o cuidado de um todo, corpo, mente e ambiente do usuário. Foi possível observar reflexos positivos para os usuários e para os serviços que aderiram à sua utilização, mesmo que ainda existem desafios em sua implementação, no seu acesso, no seu uso e na formação de profissionais capacitados, sendo uma ferramenta fundamental para os profissionais da atenção básica, bem como o incentivo no aperfeiçoamento dos mesmos. Portanto, são recursos potenciais que contribuem para a saúde dos usuários, enquadrando o acolhimento, gentileza, humanização e a empatia de sentir e olhar o outro de forma ampla.

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